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“Agroligadas” buscam formas de contribuir para uma cultura positiva do agro

A realização de ações que contribuam para uma cultura positiva do agro, a importância da comunicação e da educação, e o empoderamento das mulheres foram algumas das questões discutidas no II Encontro das Agroligadas, em Cuiabá.

A participação de mais de 40 pessoas no evento e, principalmente, a ampliação do alcance do movimento, iniciado em agosto passado, surpreendeu a fisioterapeuta Geni Schenkel, esposa do presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Schenkel, uma das idealizadoras do Agroligadas.

O movimento começou por acaso e sem muita pretensão. Geni acompanhava o marido em algumas reuniões e ficava conversando com outras esposas de agricultores sobre assuntos que estavam na mídia, como fake news, o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, que trata do registro, fiscalização e controle dos produtos agrotóxicos no Brasil, e alimentação saudável. Elas sentiram falta de mais informações sobre o PL 6.299/2002 e, em agosto passado, convidaram um time de especialistas para debater o tema, que dominava o noticiário na época.

Neste novo encontro, realizado no auditório do edifício-sede da Ampa, na última sexta-feira, a pauta foi ampliada e mais eclética, porém a educação foi o foco principal, segundo Geni, e a proposta do grupo é realizar ações educacionais em 2019 com o objetivo de promover o universo agro tendo crianças, jovens e donas de casas como disseminadores.

“Uma das primeiras iniciativas será promover um dia de campo voltado para crianças, para que a turma da cidade tenha a oportunidade de um contato mais concreto com as atividades realizadas nas fazendas”, comenta Geni, que credita a semente dessa ideia à filha Ana Rosa, de oito anos.

Cientes da necessidade de maior intercâmbio entre o universo rural e o urbano, diante da falta de informações sobre a realidade do campo mesmo em um estado líder na produção brasileira de algodão, grãos e carnes, esposas e filhas de produtores rurais se uniram a mulheres que estão à frente de seus negócios para darem sua contribuição no sentido de mostrar à sociedade em geral a importância da agropecuária.

Mais uma vez, foram em busca de novos conhecimentos junto a especialistas. A publicitária Cláudia Luz,gestora do Núcleo de Comunicação e Marketing da Famato, falou sobre os desafios do agro na área de comunicação.

Ela motivou a plateia abordando casos em que a comunicação teve um papel fundamental no sentido de esclarecer ou acirrar divergências entre o campo e a cidade. Revelou também pesquisas recentes que indicam a percepção da sociedade (brasileira e, em especial, a mato-grossense) sobre o agro, que é majoritariamente positiva.

A mineira Márcia Lúcia Naves, superintendente do Isvor – Comunidade Corporativa FCA Latam, apresentou o tema “Tendências na educação, responsabilidade social e empoderamento das mulheres nas respectivas causas”.

Márcia, que fez uma dinâmica com as participantes com o objetivo de identificar os propósitos do grupo Agroligadas, mostrou os desafios de vivermos na era digital, marcada por muitas incertezas e ambiguidades, mas que coloca à disposição do público feminino tecnologias empoderadoras.

Em seguida, duas representantes da segunda geração do Grupo Bom Futuro, destaque na produção agropecuária nacional, apresentaram suas iniciativas em prol de uma cultura positiva do agro.

As primas Aline Bortoli e Kleidemara Maggi Scheffer, filhas de dois sócios do Bom Futuro (José Maria Bortoli e Eraí Maggi Scheffer), falaram sobre a preocupação dos 13 herdeiros, dos quais nove mulheres, de dar continuidade ao trabalho iniciado pelos pais, com a realização de ações educacionais e culturais, que envolvam principalmente crianças e jovens. Elas constataram que essa agenda positiva se casa com a do grupo Agroligadas e pretendem realizar ações conjuntas.

A última palestra ficou por conta da Silmara Ferraresi, assessora da Presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que apresentou de Brasília, via internet, um histórico e dados do projeto Sou de Algodão, idealizado para promover as vantagens da fibra natural junto ao mundo da moda e dos consumidores, visando ampliar a participação da pluma no mercado.

Uma das coisas que mais chamou a atenção das primeiras participantes do movimento Agrolidas – todas ligadas à cotonicultura – foi a adesão de representantes de outras cadeias produtivas, como a pecuária e a produção de soja e milho no II Encontro, entre elas, Rosana Galbieri, delegada coordenadora do Núcleo de Primavera do Leste da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja –MT).

De lá veio uma das mais jovens participantes do evento, Gabriela Romagnoli, de 24 anos, recém-formada em Agronomia, que pretende continuar o trabalho do pai na Fazenda Boa Esperança e, ao mesmo tempo, fazer a diferença. As amigas Taciana Zanchet Fernandes e Claudia Furlan, também vieram de Primavera do Leste ávidas por novos conhecimentos e pela troca de informações, acreditando no poder do olhar diferenciado das mulheres.

FONTE: AMPA MT

 

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